Plano Local de Adaptação às Alterações Climáticas: Ação regista participação positiva
No âmbito do projeto Plano Local de Adaptação às Alterações Climáticas (PLAAC) da Arrábida, confinanciado pelos EEA-Grants, realizou-se ontem, dia 30, no Cine-teatro S. João, uma ação de capacitação dirigida a agentes locais.
Dinamizada pela FCT – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, a iniciativa registou uma adesão positiva, contando com a participação de mais 50 agentes socioeconómicos, educativos e culturais, técnicos municipais, de autoridades locais de proteção e segurança e de organizações não governamentais e governamentais.
O Município de Palmela abriu a sessão, enquadrando o PLAAC-Arrábida na ação climática municipal, seguindo-se as intervenções da ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, com uma apresentação geral do projeto, e do IGOT- Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa que apresentou uma antevisão de “Como será o clima do futuro”.
Na segunda parte da ação, e já em formato workshop, as/os participantes distribuíram-se pelos grupos temáticos setoriais “Agricultura e Segurança Alimentar e Florestas e Silvicultura”; “Biodiversidade e Património Natural”; “Economia (Indústria, Turismo e Serviços)”; “Energia e Segurança Energética”; “Transportes e Comunicações”; “Pescas e Aquacultura” e “Património Cultural” para debater os desafios de adaptação, colocados pelas alterações climáticas em cada setor, identificando também as/os agentes locais a envolver, os pontos fortes/oportunidades e os pontos fracos/ameaças. No final, foram apresentados os resultados.
Nos próximos meses, estão previstas outras acções de capacitação para agentes locais, por forma a criar uma Rede Local de Adaptação às Alterações Climáticas funcional, onde os diversos setores estarão representados e preparados para uma adaptação climática abrangente, integrada e operativa.
Arrábida, um território vulnerável às alterações climáticas
Devido às suas caraterísticas geográficas e socioeconómicas, o território Arrábida – que engloba os concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal – é vulnerável aos impactes das alterações climáticas.
Para aumentar as suas capacidades de resposta, os três Municípios, que integram o PLAAC – Arrábida, estão a elaborar planos de adaptação climática à escala local.
O Município de Palmela já tem em marcha a elaboração do plano de adaptação climática local, o que vai permitir aumentar o conhecimento do território, envolver a comunidade local neste desafio e definir políticas de intervenção territorial mais adaptadas a estes fenómenos.
Recorde-se que o PLAAC – Arrábida é um projeto coordenado pela ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, com as parcerias dos Municípios de Palmela, Sesimbra e Setúbal, da FCT – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, e do IGOT – Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa e o Município de Palmela.
O PLAAC – Arrábida tem um orçamento global de cerca de 165 mil euros e é financiado em 90% através do Programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono do Mecanismo Financeiro EEA Grants 2014, operado em Portugal pela Secretaria Geral do Ambiente, do Ministério do Ambiente e Ação Climática.